terça-feira, 30 de abril de 2013

Crítica: Django Livre

DJANGO LIVRE (Django Unchained, EUA,2012) Dir: Quentin Tarantino  Elenco: Leonardo Di Caprio, Jamie Foxx, Kerry Washington, Christoph Waltz


 E eis que o cineasta mais polêmico da atualidade está de volta com mais uma obra-prima.  Neste novo trabalho,Tarantino faz uma homenagem ao seu gênero favorito: o Western. Como não poderia deixar de ser, quando o diretor anunciou que faria um filme de faroeste, logo qualquer esperança de se ter um filme digamos, "normal" foi por água abaixo. Sim, este Django Livre é um faroeste, porém, com a cara de Tarantino.

O longa ambientado em 1858, dois anos antes da guerra Civil Americana conta a história do escravo Django ( Jamie Foxx) que é libertado por um ex-dentista e atual caçador de recompensa Dr. King Schultz ( Chrisotph Waltz). Eles partem em busca da amada do ex-escravo Broomhilda ( Kerry Washington), mas para isso terão de enfrentar o cruel fazendeiro Calvin Candie ( Leonardo Di Caprio), dono de uma fazenda chamada de Candyland, onde são realizadas lutas onde os escravos tem de se degladiarem até a morte. Além disso, na fazenda a dupla tem de lidar com a desconfiança do escravo  de confiança de Candie, Stephen ( Samuel L. Jackson) que desconfia das reais intenções deles.

Os pontos fortes do longa são a fotografia e claro a direção de Tarantino. O cineasta usa e abusa de closes em determinados momentos da projeção, em especial quando ele quer ressaltar alguma ação de algum personagem. A violência, fator tão criticado por muitos e que é um elemento presente em todos os filmes do  diretor, também está presente na película. Na época do lançamento do filme, o diretor Spike Lee criticou abertamente o cineasta, por abordar um tema tão polêmico quanto o que é tratado aqui: a questão da escravidão. Lee diz que ele foi desrespeitoso ao abordar esse tema e que seria uma forma de desrespeito à memória de seus ancestrais e que por isso não assistiria ao filme. Essa é uma rixa antiga desde os tempos em que Tarantino lançara Jackie Brown, uma homenagem aos filmes dos anos 70 da chamada blaxploitation, em 1997.

As atuações são outro ponto forte desse longa. Jamie Foxx faz um bom trabalho no papel de Django, Christoph Waltz empresta seu brilhantismo ao Dr. Schultz. Sua interpretação, por sinal lembra bastante a de outro personagem no último trabalho do diretor, Bastardos Inglórios de 2009, o coronel Hans Landa. Além de também ser alemão, o Dr. surge como uma versão mais "mocinho" do vilão Landa. Mas quem rouba a cena aqui é a dupla Di Caprio/ Jackson. Enquanto o astro parece a todo momento se divertir no papel do sádico fazendeiro, é Samuel L. Jackson quem brilha aqui no papel do escravo Stephen. Sempre questionado as ordens do patrão, no momento em que aparece em cena, já magnetiza a atenção do espectador. Stephen chega a ser assustador em alguns momentos e é mais um excelente trabalho de interpretação desse brilhante ator, ou como ele costuma dizer ao interpretar papéis de vilões " O maior fodão do planeta".

Para quem gosta de curiosidades, ai vão algumas. Como Tarantino sempre gosta de buscar referências a seus longas anteriores, aqui não é diferente. O próprio nome da amada do herói é um exemplo disso. Como é explicado no longa, Broomhilda é o nome de uma antiga lenda alemã e seu sobrenome Shaft, nos remete ao lendário detetive dos filmes dos anos 70, que por sinal ganhou uma refilmagem em 2000 estrelado justamente por Samuel L. Jackson. Outra referência interessante é o nome de um dos capangas de Candie, Crazy Craig Koons. Esse personagem seria, na cronologia Tarantinesca, o tataravô, ou bisavô ( me corrijam se estiver errado) do personagem de Bruce Willis em Pulp Fiction.  Como já mencionara anteriormente, o  cineasta é fã de faroeste e que forma melhor de homenagear esse gênero do que colocando no longa, um dos maiores ícones do chamado Western, o italiano Franco Nero, nada mais nada menos do que o Django original.

Para quem é fã do gênero, Django Livre vai agradar quem gosta de um bom faroeste e quem é fã do cineasta, não pode deixar de conferir mais esse belo trabalho dirigido por ele e que foi um dos indicados ao Oscar desse ano levando as estatuetas de Melhor Ator Coadjuvante ( Christoph Waltz, ganhando o prêmio pela segunda vez), e Roteiro Original ( Quentin Tarantino) além de ter sido indicado aos prêmios de Edição (Robert Richardson) , Edição de Som ( Wylie Stateman) e Melhor Filme. Pena o diretor não ter sido indicado na categoria de melhor diretor, mas enfim, coisas da Academia.  Em suma, se você é fã de Westerns e do cineasta, pode conferir sem problemas, pois é um filme que mesmo sendo uma homenagem de um fã aos antigos faroestes de Sérgio Leone, não decepciona e faz jus ao gênero.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Liga da Justiça: O Filme seria uma boa ou não?

Olá Rockers & Cinéfilos que acompanham o blog!!!!! Como vocês devem ter notado no título o post da vez é sobre o vindouro ( ou não) filme da Liga da Justiça. Ao longo dessa postagem discutirei os prós e contras desse longa. Espero que gostem e que deem a sua opinião!!!!!!
         
                       
Como vocês sabem, atualmente a Marvel está dando um chocolate na DC /Warner no que diz respeito aos filmes de super-heróis. Depois do megasucesso Os Vingadores, que se tornou a terceira maior bilheteria de todos os tempos, a rival resolveu copiar os passos da Marvel e também realizar um longa de sua equipe de heróis. Mas ao contrário da Marvel, que primeiro estabeleceu todo um universo antes de chegar ao filme da super equipe,  DC parece que resolveu fazer o contrário.

Apesar de já ter feito a trilogia Batman ( aliás, até o momento, o maior acerto nessa batalha entre as duas editoras)e  ter um filme do Superman a caminho e que esperamos que não seja um fracasso como foi o último longa do herói, Superman: O Retorno de 2006, a DC vendo o sucesso do longa da arqui rival resolveu partir logo para um filme da liga, sem antes criar todo um universo nos cinemas. Eles poderiam antes realizar um longa  do Flash e Mulher-Maravilha, apesar de que já fizeram o filme do Lanterna Verde para ai sim, partir para um longa da Liga.

Mas ao que parece, esta batalha que teria tudo para acontecer nas bilheterias em 2015, vai demorar um pouco mais para acontecer. Devido ao péssimo roteiro, o longa teria sido adiado para 2020, deixando assim a briga entre Os Vingadores 2 e o retorno da saga estelar de George Lucas, Star Wars: Episódio VII, que espera-se também seja lançado na mesma época.

Caso o filme realmente saísse em 2015, vamos as razões do por que esse filme poderia ser um fracasso ( ou não):
1) Já estamos praticamente em Março e se fossem rodar o longa por agora, as filmagens já deveriam ter começado.

2) Por conta do péssimo roteiro, até agora nenhum diretor se habilitou a assumir a direção, apesar dos rumores irem de Ben Affleck ( que acaba de ganhar o Oscar de Melhor Filme por Argo recentemente) aos irmãos Warchovski, responsáveis pela trilogia Matrix.

3) O elenco inclusive é uma das maiores interrogações a respeito do longa, pois para o papel de Batman rumores apontavam para nomes como Armie Hammer, que inclusive faria o papel quando a primeira tentativa de se realizar esse filme em 2008 foi por àgua abaixo e Joseph- Gordon Levitt, que recentemente assinou para fazer Sin City: A Dame For The Kill de Robert Rodriguez.

4) O tempo de filmagem, pois acredito que para um filme desses ser pelo menos bom, esse longa deveria sair em 2016, já que até agora não tem um roteiro decente, nenhum diretor e quanto menos elenco, fica difícil caso resolvessem filmar no segundo semestre e lançar em 2015, devido aos efeitos, cenários e etc.

5)Já que mencionamos a questão do roteiro, qual seria o melhor vilão para o longa? Darkseid? Vale lembrar que só o Superman sozinho dá conta dele. No roteiro, pelas informações que circularam por ai, o sobreano de Apokolips seria a ameaça enfrentada pelos heróis. Não que esse seja um péssimo vilão, mas correria o risco de acharaem um plágio a idéia da Marvel de usar um vilão semelhante, Thanos no referido filme da Casa das Idéias. Quem vocês acham que seria uma boa? Eu voto na Legião do mal.

Quanto ao elenco, vamos pensar em quem poderia estar no filme:

Batman: Caso Christian Bale diga não, fica difícil pensar em alguém para substituí-lo mas acho que uma opção seria Ryan Gosling no caso de um herói mais novo ou Gerard Butler, caso queiram optar por um Batman um pouco mais velho.



Superman: Ao que parece, seria mesmo Henry Cavill que interpretou o herói recentemente. Como ainda não vimos sua performance como o Homem- de Aço ainda é cedo para saber se seria uma boa escolha ou não.


Flash:  Dependeria muito de qual das encarnações estaria presente no filme; se for Barry Allen, acho que Bradley Cooper seria a opção ideal. Caso optem por Wally West, que é o que aparece no desenho, a melhor opção seria Ryan Reynolds, mas ai seria um problema, pois ele já interpretara o Lanterna Verde anteriormente.


       














Lanterna Verde: Esse é outro X da questão, pois o herói já teve diversas identidades. Acho que deveriam colocar a identidade que aparece nos desenhos mais recentes, Jon Stewart. Nesse caso, quem seriam boas opções seriam o  rapper Common, ou o ator britãnico Idris Elba























Mulher-Maravilha: Venhamos e convenhamos, acho que a maioria dos leitores desse blog concordam que para esse papel, tem que ser ninguém mais ninguém menos que Megan Fox. Mas há outras opções como Jessica Biel e Kate Beckinsale que não ficam muito atrás.






Ajax/Caçador de Marte: Um nome perfeito seria o do ator Doug Jones, que possui larga experiência em interpretar personagens digamos "estranhos", afinal de contas ele já foi o Surfista Prateado, além do Abe Sapien dos dois Hellboy ou o britãnico Paul Bettany
























Mulher-Gavião: Assim como a amazona, para esse pale creio que algumas beldades cairiam como uma luva no papel como Amy Adams e Jessica Chastain



















Bom pessoal é isso ai. Até que a DC/Warner resolva fazer um filme decente e que fique a altura da expectativa dos fãs, resta a nós apenas aguardar, especular e acompanhar as notícias e torcer para que tomem vergonha na cara e não estraguem tudo.


Não deixem de acompanhar o blog e darem a sua opinião sobre a postagem e seus comentários!!!!

THAT'S ALL FOLKS!!!!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Resenha D'Fernandes-Viva


Eis que depois do excelente No Princípio Era o Som, D’Fernandes está de volta com mais um grande lançamento, um EP intitulado “Viva”. Contendo seis faixas que têm influências de Dave Mathews Band e da banda brasileira Teatro Mágico como na primeira faixa “Alma de Palhaço”. Essa música, aliás, é uma parceria entre o músico e o vocalista do Teatro Mágico, Ivan Parente, além de conter um belo arranjo, cortesia de Leandro Abreu, colaborador frequente da D’Fernandes Trupe. A faixa seguinte “Eu Daqui Você de Lá” tem toques de música francesa, lembrando bastante ao filme O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. A terceira faixa “Histórias Do Dito Popular” é mais uma bela música que tem tudo para agradar quem curte o trabalho desse grande artista. “Partideiro Groove” é mais funkeada, remetendo mais ao som de Jorge Ben Jor. “Playback Repetitivo” é uma faixa com toques de música eletrônica, que remete mis o som de artistas como Max de Castro. É  a faixa mais longa desse EP, mas é bem legal, boa para dar uma relaxada depois de um dia estressante de trabalho. O EP fecha com a canção “Verde Olivia”, mais uma que lembra o som da banda americana.

Para quem não conhece o trabalho desse artista mineiro, vale dar uma conferida não só nesse trabalho, mas também no seu primeiro CD, “No Princípio Era O Som”.  Para quem gosta de boa música, esses dois trabalhos são um prato cheio e que merecem ser conferidos. Salada musical rica em nutrientes para os ouvidos.
Confiram o trabalho do cara: https://soundcloud.com/dfernandesoficial


sábado, 5 de janeiro de 2013

Crítica: 007- Operação Skyfall

Olá Rockers & Cinéfilos que acompanham o blog!!!! Iniciando os trabalhos nesse ano de 2013, postarei aqui  uma crítica da mais recente aventura do espião britânico 007, lançada nos cinemas em Novembro de 2012. Espero que gostem e que continuem acompanhando o blog neste ano recém-iniciado.

007 OPERAÇÃO SKYFALL ( Skyfall, EUA/ING, 2012)

No ano de 2012 comemorou-se o cinquentenário da franquia mais duradoura da história do cinema, ou seja, as aventuras do espião britânico criado pelo escritor Ian Fleming em 1962. De lá p/ cá foram 22 filmes, sendo que seis atores interpretaram o agente sendo eles, Sir. Sean Connery ( 6 filmes), o segundo ator que mais interpretou o papel, George Lazemby ( 1 filme), Roger Moore (7 filmes) recordista de atuações, Timothy Dalton ( 2 filmes), Pierce Borsnan ( 4 filmes) e por fim Daniel Craig, que assmiu o papel em 2006 com Cassino Royale e segue interpretando o icônico personagem.

O 23º filme da franquia, intitulado Skyfall, mas que foi lançado por aqui com o subtítulo de 007: Operação Skyfall resgata elementos dos longas antigos, mas ao mesmo tempo tem um pé no mundo atual. Essa contradição entre o velho e o novo é presente ao longo de toda a trama, sempre com tiradas majestrais, como por exemplo no primeiro encontro entre Bond e o agente Q ( interpretado por Ben Whishaw e que já fora interpretado anteriormente por Desmond Llwewelyn, falecido em 1999, e por último pelo comediante John Cleese, nos dois últimos longas protagonizados por Brosnan) em que os dois discutem sobre uma pintura e o agente recebe o seu equipamento para a missão. Nesse momento, quando o espião olha o seu equipamento, o jovem agente Q dispara: " E você queria o que? Uma caneta explosiva?" numa alusão a um dos equipamentos que inclusive aparecem no filme 007 Contra Goldeneye de 1995, que trouxe o espião de volta às telas depois do fiasco dos dois filmes estrelados por Dalton que sepultaram o espião por 6 anos.

A história gira em torno do misterioso passado de M ( mais uma vez interpretada com maestria por Judi Dench, que atua na franquia desde os filmes de Brosnan). Quando um atentado ocorre no quartel-general do M-I 6, o Serviço Secreto Britânico, Bond é recrutado para descobrir o responsável pelo atentado custe o que custar.

No elenco, vale destacar o brilhante trabalho de Daniel Craig como Bond. Desde que fora escolhido para interpretar o personagem, ele faz um Bond mais casca-grossa, por assim dizer, e que ao longo dos filmes protagonizados por ele, vem demonstrando um lado mais humano do personagem, pois aqui vemos que assim como no longa 007: O Mundo Não é o Bastante, de 1999, Bond também se fere, fato que não era mostrado nos longas anteriores ( se estiver omitindo alguma informação, por favor me avisem, ok?). Além dele, constam nomes como Ralph Fiennes como Gareth Mallory, chefe da personagem de Dench. No que diz respeito as Bond Girls, Naomie Harris ( mais conhecida pelo seu papel na saga Piratas do Caribe, no papel de Tia Dalma, ou Calypso, como preferirem) faz uma personagem nos moldes da agente Jinx ( interpretada por Halle Berry em 007: Um Novo Dia Para Morrer em 2002) e de Michelle Yeoh em 007: O Amanhã Nunca Morre de 1997, enquanto que Bérenice Marlohe pouco faz no papel de Séverine.

Mas o grande destaque com certeza é o vilão Silva, interpretado magnanimamente por Javier Bardem. Fazendo um vilão talvez tão icônico quanto o Anton Chigurh, o ator espanhol faz de seu vilão um antagonista que com seus trejeitos homossexuais e sua insanidade um dos melhores vilões que o agente já tenha enfrentado. As cenas entre Bardem e Craig, ou entre o espanhol e Dench, são verdadeiros duelos psicológicos, mais especificamente na cena em que ele é capturado pelos britânicos.

Dirigido por Sam Mendes, vencedor do Oscar em 2000 por Beleza Americana, o longa possui boas cenas de ação, o que é obrigatório nos filmes do espião. Destaco a cena inicial, onde Bond persegue um sujeito e luta com ele em cima de um trem  sendo seguido pela personagem de Harris. Além dessa cena em especial, a perseguição ao vilão numa movimentada estação da capital inglesa, também é um dos pontos altos do filme.

Depois de Cassino Royale, esse pode ser considerado como um dos melhores filmes não só de Craig no papel do espião, mas também da franquia em geral. Skyfall em sua totalidade é bastante superior ao longa anterior Quantum of Solace e mostra que essa junção e o contraste entre o velho e o novo é o que faz com que essa saga  continue sendo tão atrativa para os espectadores e fãs de filmes de espionagem e que venham mais 50 anos e bons filmes do espião mais famoso do cinema.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Resenha: Stone Sour- House Of Gold & Bones Part 1

Dois anos depois do ótimo Audio Secrecy, Corey Taylor e Jim Root (respectivamente vocalista e guitarrista do Slipknot) estão de volta com um àlbum conceitual e duplo, intitulado House of Gold & Bones. Essa primeira parte foi lançada em outubro. sendo que a parte 2 será lançada no decorrer de 2013.

Para aqueles que ainda não sabem, o Stone Sour é um projeto paralelo de Taylor & Root, que já existia antes mesmo da entrada do vocalista no Slipknot. A cada trabalho a banda mostra personalidade e esse já é o quarto trabalho dos caras, mas vamos ao CD.

Logo de cara, esse novo petardo dos caras já abre com uma pedrada "Gone Sovereign", logo em seguida, vem "Absolute Zero" que foram os dois singles do álbum até então. Essa, além de ser pesada é uma faixa típica para figurar em rádios de rock por ai. A porradaria segue com "A Rumor of Skin", faixa que lembra um pouco o som do Alice In Chains. Aliás, o vocalista já havia dito que esse trabalho conceitual seria uma mistura do The Wall do Pink Floyd com o Dirt do Alice in Chains. Destaca-se nessa faixa, o belo solo de Jim Root e do segundo guitarrista Josh Rand, um dos destaques desse CD.

As baladas também fazem parte desse trabalho novo dos caras e são nelas que Corey Taylor mostra porque ele é um dos melhores vocalistas da atualidade. Dosando bem o melódico com o gutural, ele demonstra isso em faixas como " The Travelers", "Taciturn". As influências do grupo de Seattle também aparecem na faixa "Tired"

Uma curiosidade: Com a saída de Shawn Economaki em 2011, quem foi recrutado como baixista convidado para a gravação desse novo álbum foi ninguém mais ninguém menos que Rachel Bolan, do Skid Row e além dele tem também o baterista Roy Mayorga, que infelizmente não tocou com a banda na sua passagem pelo Brasil no Rock In Rio ano passado, sendo brilhantemente substituído pelo espetacular Mike Portnoy ( ex-Avenged Sevenfold e Dream Theather e atual Flying Colors e Adrenaline Mob).

Fazendo um balanço geral, esse é um dos melhores trabalhos do grupo. Resta esperar agora se a segunda parte terá as tão faladas influências da banda de David Gilmour, porque nesse  o que predominou mais o peso característico da banda e uma coisa ou outra ali do Alice in Chains. Tomara que seja tão bom, ou que pelo menos mantenha o nível desse aqui.


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ATÉ 2013


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Resenha: Soundgarden- King Animal

Desde que o Soundgarden anunciou o seu retorno as atividades no final de 2009, os fãs aguardavam ansiosamente por um novo trabalho do grupo, e quando eles anunciaram que estavam trabalhando em um novo álbum de inéditas, o primeiro desde o Down On The Upside de 1996, a euforia foi geral.

E eis que em novembro desse ano foi lançado King Animal, novo trabalho de Chris Cornell & Cia, que desde já é um sério candidato a um dos melhores cds do ano. Logo de cara, temos "Been Away Too Long" que foi o primeiro single desse novo trabalho da banda. É uma música bem pesada e com uma pegada bem rock n' roll.

A faixa seguinte " Non-State Actor" lembra o Soundgarden de outrora, da fase do Badmotorfinger. Vale destacar nessa faixa o trabalho de Matt Cameron, que também é batera do Pearl Jam, função ocupada por ele desde o hiato da banda em 1997. A terceira faixa " By Crooked Steps" é bastante quebrada, num belo trabalho de Cameron e do subestimado guitarrista Kim Thayil. " A Thousand Days Before" se destaca também pela levada meio country, mas com toques bem psicodélicos. Outro destaque é a faixa " Blood On The Valley Floor" que tem uma levada bem Sabbathiana.

Quanto a segunda parte do cd, dentre as faixas mais sombrias destacam-se "Bones of Birds", uma bela balada, onde Cornell faz um belo trabalho. " Halfway There" talvez seja a faixa que mais se assemelha aos trabalhos solo do vocalista, mas ainda sim uma boa música. Criticada por muitos, " Worse Dreams" é apontada como uma das canções mais fracas do cd, opinião da qual eu não compartilho. Acho q ela mantém a mesma linha das outras.

Vale destacar a boa forma de Cornell, que mesmo com o passar dos anos continua cantando muito, vide a suas performances tanto no finado ( infelizmente) Audioslave ( banda formada no início dos anos 2000 que contava também com três membros do Rage Against The Machine), quanto na sua carreira solo.

No final das contas, King Animal é um ótimo cd de retorno ás atividades.Digamos que esse cd serviu mais para tirar a ferrugem e provar que eles ainda são capazes de fazer ótimos trabalhos daqui p/ frente. Esperamos que, se houver um próximo trabalho dos caras, que seja tão bom quanto esse, ou pelo menos no nível de um Superunknown, mas ai já seria querer demais.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Especial Trilogia Batman de Christopher Nolan

Olá leitores do blog!!!!!! Com o lançamento do longa Batman: O Cavaleiro da Trevas Ressurge em Blu-Ray e DVD nesses dias resolvi fazer essa postagem fazendo uma retrospectiva da saga e no final a crítica do último filme da saga. Espero que gostem


BATMAN BEGINS ( Batman Begins, EUA,2005)

Quando este filme foi anunciado, todos ficaram com uma pulga atrás da orelha, afinal de contas o público ainda se lembrava da hecatombe nuclear que foi Batman & Robin de 1997, dirigido por Joel Schumacher. Mas quando o talentoso Christopher Nolan foi confirmado na direção, essas dúvidas do público em relação ao filme começaram a ser dissipadas. Logo de cara, o cineasta avisara que aquele filme seria completamente diferente de tudo o que havia sio feito com relação ao personagem no cinema.

Ele optou por uma abordagem mais realista e por colocar vilões não tão conhecidos como Rá's Al Ghul e o Espantalho. Além disso, temos no longa, um Bruce Wayne ainda traumatizado pela morte de seus pais, fator pouco explorado principalmente nos filmes de Tim Burton.

Outra escolha certeira foi com relação ao elenco. Christian Bale encarnou com maestria  não só o papel do vigilante, mas também o de Bruce Wayne. Liam Neeson, por sua vez, emprestou todo o seu brilhantismo ao vilão Rá's. Michael Caine é outro destaque como o mordomo Alfred e Gary Oldman também se destaca como o então tenente Jim Gordon. O único ponto fraco do elenco é a atriz Katie Holmes, que interpreta a personagem Rachel Dawes. Por não ser uma boa atriz, ela acabou se tornando uma personagem insossa, mesmo sendo o interesse amoroso de Wayne.

O sucesso do filme, que na época tinha como principal concorrente Star Wars: Episódio III- A Vingança dos Sith, mostrou que a Warner tinha acertado em cheio, e que o longa tinha potencial para se tornar uma franquia de bastante sucesso, fato que se confirmou no longa seguinte


BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS ( Batman: The Dark Knight, EUA, 2008)

Três anos depois do sucesso do longa anterior, Nolan ficou com a difícil missão de superar o filme anterior, ainda mais pela expectativa causada nos fãs devido ao final do longa de 2005. Para isso, ele recrutou o mesmo elenco novamente e entregou aos fãs um dos melhores filmes de heróis de todos os tempos. Difícil dizer o que ainda não foi dito sobre essa película. As performances de Bale, Caine e etc continuaram cada vez melhores, somados a isso a performance de Aaron Eckhardt como o promotor Harvey Dent, que logo mais se tornaria o vilão Duas Caras.

Soma-se a isso um excelente roteiro, a direção segura de Nolan e a sua capacidade de criar cenas memoráveis, como por exemplo,a cena do interrogatório do Coringa, um dos momentos mais tensos do filme.

Mas claro que não poderia deixar de falar da brilhante atuação do finado Heath Ledger no papel do Coringa e  sua performance visceral do vilão. Como não se esquecer da célebre frase proferida por ele durante toda a trama: " Why so serious?" Por conta de sua trágica morte após a conclusão do longa, fez com que essa atuação ficasse marcada  na memória de todos. Claro que a sua morte contribuiu para o sucesso do filme, mas mesmo se o ator não tivesse falecido, ainda assim vale a pena ver, e ai fica clara a diferença entre as atuações de Jack Nicholson e a dele. Nicholson interpretou o Coringa, enquanto que Hedger FOI  o Coringa. É  praticamente um filme de máfia, porém com o Batman e o Coringa.

O longa foi considerado como uma das maiores bilheterias de todos os tempos, ficando durante algum tempo atrás apenas de Titanic, feito depois superado por Avatar em 2010, e deixou Nolan com uma difícil missão pela frente: Superar esse longa, fato que se consumou no último filme da trilogia.


BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE ( Batman: The Dark Knight Rises, EUA, 2012)

Após o sucesso estrondoso de O Cavaleiro das Trevas, o mundo inteiro se perguntou: Será que Nolan conseguiria terminar sua trilogia do homem-morcego com chave de ouro? A resposta meus caros é SIM, ele conseguiu.
E ai eu lhes pergunto: Depois da magnífica atuação de Ledger como o palhaço do crime no longa anterior, qual vilão seria um desafio ainda maior para o herói? A resposta é o homem responsável pela quebra do herói ao meio nos quadrinhos, Bane.

Situado oito anos após os eventos de The Dark Knight, aqui vemos um Bruce Wayne aposentado do combate ao crime, consequencia da sua escolha de se tornar um recluso ao assumir a culpa pela morte de Dent no fim do longa anterior. A cidade vive em paz, mas a chegada do terrorista Bane a cidade traz novamente o caos a Gotham e ai cabe ao herói enfrentar mais essa ameaça.

Muitos fás ficaram meio de nariz torcido ao saberem que o vilão havia sido escolhido como o nêmesis do herói, afinal de contas, ele já havia aparecido anteriormente em Batman & Robin, como um capanga bobão da personagem Hera Venenosa ( interpretada por Uma Thurman), mas Nolan acertou em cheio ao escolhê-lo como o antagonista da vez, porque ao longo de toda a trilogia,o homem-morcego só enfrentou vilões que mexeram mais com o psicológico do herói. O Espantalho, fez com que ele enfrentasse seus piores medos; O Coringa, fez com ele tivesse que quebrar a sua principal regra para derrotá-lo. Já Bane, é um desafio físico, coisa jamais vista nos longas.

Tom Hardy, ator britânico, que já havia trabalhado com o diretor em A Origem, se mostra desde o início do filme, uma grata surpresa. Com um tom de voz que mais se assemelha a de um lorde inglês, ele faz do personagem realmente um terrorista, não só no sentido físico, mas também no sentido mental. Ele é frio, calculista e bastante inteligente, ao contrário de sua versão anterior. A cena da luta entre os dois é sensacional, quem conhece os quadrinhos sabe o que rola com o herói no duelo contra o vilão.

Destacam-se ainda Joseph Gordon-Levitt (outro ator que trabalhara com Nolan em A Origem) no papel de John Blake, policial que terá um importantíssimo papel na trama, a bela Anne Hatthaway no papel de Selina Kyle, vulgo Mulher-Gato.  A atriz, por sinal faz a melhor mulher-gato de todas, superando inclusive a interpretada por Michelle Pfeifer em Batman: O Retorno em 1992.

Talvez um dos poucos pontos fracos do filme sejam Marion Coitillard, que faz a personagem Miranda Tate, uma personagem que poderia ter sido melhor aproveitada, mas que ainda assim não compromete o filme.

ATENÇÃO: A PARTE FINAL DA RESENHA CONTÉM SPOILERS... SÓ CONTINUE A LER QUEM JÁ TIVER VISTO O FILME

Vale destacar ainda o modo como Nolan amarra toda a trilogia retomando elementos dos filmes anteriores, em especial o primeiro filme. O final do longa ( claro que não direi qual é) não poderia ter sido melhor. Com a decisão do cineasta de não seguir adiante com a saga, o final abre diferentes e interessantes possibilidades para a futura trilogia e acredito que tenha sido o melhor final possível  para a saga.

Resta saber agora o que o futuro reserva para a saga do homem- morcego. A trilogia de Nolan acertou ao ter essa abordagem mais realista, coisa que a Marvel não faz e os fãs esperam que a nova saga, anunciada para 2015, e que deve ser lançada após o vindouro filme da Liga da Justiça mantenha a mesma linha da trilogia de Nolan pois ela estabeleceu novos parâmetros para os filmes de super-heróis daqui p/ frente e esperamos que sejam tão bons quanto a saga do herói mascarado.