sábado, 5 de janeiro de 2013

Crítica: 007- Operação Skyfall

Olá Rockers & Cinéfilos que acompanham o blog!!!! Iniciando os trabalhos nesse ano de 2013, postarei aqui  uma crítica da mais recente aventura do espião britânico 007, lançada nos cinemas em Novembro de 2012. Espero que gostem e que continuem acompanhando o blog neste ano recém-iniciado.

007 OPERAÇÃO SKYFALL ( Skyfall, EUA/ING, 2012)

No ano de 2012 comemorou-se o cinquentenário da franquia mais duradoura da história do cinema, ou seja, as aventuras do espião britânico criado pelo escritor Ian Fleming em 1962. De lá p/ cá foram 22 filmes, sendo que seis atores interpretaram o agente sendo eles, Sir. Sean Connery ( 6 filmes), o segundo ator que mais interpretou o papel, George Lazemby ( 1 filme), Roger Moore (7 filmes) recordista de atuações, Timothy Dalton ( 2 filmes), Pierce Borsnan ( 4 filmes) e por fim Daniel Craig, que assmiu o papel em 2006 com Cassino Royale e segue interpretando o icônico personagem.

O 23º filme da franquia, intitulado Skyfall, mas que foi lançado por aqui com o subtítulo de 007: Operação Skyfall resgata elementos dos longas antigos, mas ao mesmo tempo tem um pé no mundo atual. Essa contradição entre o velho e o novo é presente ao longo de toda a trama, sempre com tiradas majestrais, como por exemplo no primeiro encontro entre Bond e o agente Q ( interpretado por Ben Whishaw e que já fora interpretado anteriormente por Desmond Llwewelyn, falecido em 1999, e por último pelo comediante John Cleese, nos dois últimos longas protagonizados por Brosnan) em que os dois discutem sobre uma pintura e o agente recebe o seu equipamento para a missão. Nesse momento, quando o espião olha o seu equipamento, o jovem agente Q dispara: " E você queria o que? Uma caneta explosiva?" numa alusão a um dos equipamentos que inclusive aparecem no filme 007 Contra Goldeneye de 1995, que trouxe o espião de volta às telas depois do fiasco dos dois filmes estrelados por Dalton que sepultaram o espião por 6 anos.

A história gira em torno do misterioso passado de M ( mais uma vez interpretada com maestria por Judi Dench, que atua na franquia desde os filmes de Brosnan). Quando um atentado ocorre no quartel-general do M-I 6, o Serviço Secreto Britânico, Bond é recrutado para descobrir o responsável pelo atentado custe o que custar.

No elenco, vale destacar o brilhante trabalho de Daniel Craig como Bond. Desde que fora escolhido para interpretar o personagem, ele faz um Bond mais casca-grossa, por assim dizer, e que ao longo dos filmes protagonizados por ele, vem demonstrando um lado mais humano do personagem, pois aqui vemos que assim como no longa 007: O Mundo Não é o Bastante, de 1999, Bond também se fere, fato que não era mostrado nos longas anteriores ( se estiver omitindo alguma informação, por favor me avisem, ok?). Além dele, constam nomes como Ralph Fiennes como Gareth Mallory, chefe da personagem de Dench. No que diz respeito as Bond Girls, Naomie Harris ( mais conhecida pelo seu papel na saga Piratas do Caribe, no papel de Tia Dalma, ou Calypso, como preferirem) faz uma personagem nos moldes da agente Jinx ( interpretada por Halle Berry em 007: Um Novo Dia Para Morrer em 2002) e de Michelle Yeoh em 007: O Amanhã Nunca Morre de 1997, enquanto que Bérenice Marlohe pouco faz no papel de Séverine.

Mas o grande destaque com certeza é o vilão Silva, interpretado magnanimamente por Javier Bardem. Fazendo um vilão talvez tão icônico quanto o Anton Chigurh, o ator espanhol faz de seu vilão um antagonista que com seus trejeitos homossexuais e sua insanidade um dos melhores vilões que o agente já tenha enfrentado. As cenas entre Bardem e Craig, ou entre o espanhol e Dench, são verdadeiros duelos psicológicos, mais especificamente na cena em que ele é capturado pelos britânicos.

Dirigido por Sam Mendes, vencedor do Oscar em 2000 por Beleza Americana, o longa possui boas cenas de ação, o que é obrigatório nos filmes do espião. Destaco a cena inicial, onde Bond persegue um sujeito e luta com ele em cima de um trem  sendo seguido pela personagem de Harris. Além dessa cena em especial, a perseguição ao vilão numa movimentada estação da capital inglesa, também é um dos pontos altos do filme.

Depois de Cassino Royale, esse pode ser considerado como um dos melhores filmes não só de Craig no papel do espião, mas também da franquia em geral. Skyfall em sua totalidade é bastante superior ao longa anterior Quantum of Solace e mostra que essa junção e o contraste entre o velho e o novo é o que faz com que essa saga  continue sendo tão atrativa para os espectadores e fãs de filmes de espionagem e que venham mais 50 anos e bons filmes do espião mais famoso do cinema.